Ontem tava passando o clássico '' O casamento do meu melhor amigo'' na HBO. Eu amo esse filme, já assisti mais de quinze vezes e sempre que passa não resisto e vejo mais uma vez. Talvez tenha sido o horário, ou a porcentagem de tédio que me acompanhava ontem, mas comecei a filosofar sobre o filme.
Acho engraçado que todos torçam pra Julia Roberts ficar com o mocinho, apesar do querer dela ser doentio e não fazer muito sentido ela enlaçar o gato, mas mesmo assim, sempre fico com um fundinho de angustia e insatisfação. Afinal ela é linda, mais interessante, e o filme gira em torno da perspectiva dela, mesmo que seja para rouba-lo da noiva.
Sério isso não soa familiar? Não literalmente, mas em algum momento da vida todos passam por uma situação BEM similar a essa, o famoso triangulo amoroso. Meu Deus, quer coisa mais catastrófica?
Você se propõe a sonhar com uma pessoa todos os dias, alguém que já tem outra, que está feliz, mas você no seu mundinho espetacular cor de rosa, ainda acha que num belo dia ele vai acordar, cair em si que a modelo ao lado dele (geralmente essas namoradas arrasam, e a gente sabe) não é com quem ele deveria estar. Nem em filme isso acontece mais gatas. Sorry.
A real é que o amor é gelado quando sentido por um terceiro olhar.
Não é saudável, não multiplica, só se comprime cada vez mais. Além de tudo é muito solitário.
Nas loucuras da personagem de Julia Roberts durante o filme, a gente da risada porque se identifica. Quantas vezes já nos pegamos pensando coisas absurdas, imaginando cenas de encontros com o protagonista da nossa novela mental, e agindo de forma tão original e ousada quanto Julia? Posso confessar por mim que já fiz isso sim, e como!
Mas hoje penso o seguinte: Quero quem me quer! Adianta nada ficar mirabolando histórias antes de cair no sono, e ficar só nisso. Por mais gostoso que seja se iludir de vez em quando, é um saco acordar cedo, encarar o dia com o pensamento num alguém que está a léguas, nem imaginando que você sente meia faísca por ele.
Acho chato querer e não poder.Detesto ver quem eu me interesso, e agir feita idiota, queimando todas as chances de ter algo super legal com o alguém, e não enxergando mais ninguém além dele( que não quer nada comigo).
Mas é impressionante como isso é frequente na vida das mulheres. Por mais experiência que a gente tenha, mais namoros que sobrevivemos, sempre vem um que balança toda a estrutura, e fode com tudo.
E o pior é que a praga não sai da cabeça, mesmo mal chegando no coração, e geralmente não fica muito tempo no terreno.
Mas o PIOR DE TUDO é que vão pra esses aí a nossa energia tpm'emica toda!
Esse é o caso que tem trilha sonora, o que a gente '' lê sinal '', chora em filme, cansa a paciência da amiga, faz poema, chora... ELE é o assunto mais batido das mulheres, o que em algum momento da vida vai arrancar nossa atenção e esconder todos os sentidos.
Não importa, é sempre a mesma história. ELE é o caso comum a todas nós mulheres.
Depois que passa, a gente ri do tanto que caraminholamos a toa, enquanto podíamos ter agido e aproveitado de um jeito mais leve e indolor, toda a história. ( Mas confesso que não teria o mesmo gosto, pode até ser sadomasoquismo, mas as vezes enlouquecer por alguém, da um tom delícia na vida).
Música pra esse post- You oughta know - Alanis Morriset (Impossível de não cantar!)
http://www.youtube.com/watch?v=OSfGmMmWXyA