Perder-se em labirintos internos, é a forma mais eficaz de ser luz para sempre
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sexta-feira, 20 de maio de 2011

O caso comum delas

Ontem tava passando o clássico '' O casamento do meu melhor amigo'' na HBO. Eu amo esse filme, já assisti mais de quinze vezes e sempre que passa não resisto e vejo mais uma vez. Talvez tenha sido o horário, ou a porcentagem de tédio que me acompanhava ontem, mas comecei a filosofar sobre o filme.

Acho engraçado que todos torçam pra Julia Roberts ficar com o mocinho, apesar do querer dela ser doentio e não fazer muito sentido ela enlaçar o gato, mas mesmo assim, sempre fico com um fundinho de angustia e insatisfação.  Afinal ela é linda, mais interessante, e o filme gira em torno da perspectiva dela, mesmo que seja para rouba-lo da noiva. 

Sério isso não soa familiar? Não literalmente, mas em algum momento da vida todos passam por uma situação BEM similar a essa, o famoso triangulo amoroso. Meu Deus, quer coisa mais catastrófica?  
Você se propõe a sonhar com uma pessoa todos os dias, alguém que já tem outra, que está feliz, mas você no seu mundinho espetacular cor de rosa, ainda acha que num belo dia ele vai acordar, cair em si que a modelo ao lado dele (geralmente essas namoradas arrasam, e a gente sabe) não é com quem ele deveria estar. Nem em filme isso acontece mais gatas. Sorry.


A real é que o amor é gelado quando sentido por um terceiro olhar.
Não é saudável, não multiplica, só se comprime cada vez mais. Além de tudo é muito solitário. 
Nas loucuras da personagem de Julia Roberts durante o filme, a gente da risada porque se identifica. Quantas vezes já nos pegamos pensando coisas  absurdas, imaginando cenas de encontros com o protagonista da nossa novela mental, e agindo de forma tão original e ousada quanto Julia? Posso confessar por mim que já fiz isso sim, e como! 

Mas hoje penso o seguinte: Quero quem me quer! Adianta nada ficar mirabolando histórias antes de cair no sono, e ficar só nisso. Por mais gostoso que seja se iludir de vez em quando, é um saco acordar cedo, encarar o dia com o pensamento num alguém que está a léguas, nem imaginando que você sente meia faísca por ele. 
Acho chato querer e não poder.Detesto ver quem eu me interesso, e agir feita idiota, queimando todas as chances de ter algo super legal com o alguém, e não enxergando mais ninguém além dele( que não quer nada comigo). 

Mas é impressionante como isso é frequente na vida das mulheres. Por mais experiência que a gente tenha, mais namoros que sobrevivemos, sempre vem um que balança toda a estrutura, e fode com tudo. 
E o pior é que a praga não sai da cabeça, mesmo mal chegando no coração, e geralmente não fica muito tempo no terreno.
Mas o PIOR DE TUDO é que vão pra esses aí a nossa energia tpm'emica toda!

Esse é o caso que tem trilha sonora, o que a gente '' lê sinal '', chora em filme, cansa a paciência da amiga, faz poema, chora... ELE é o assunto mais batido das mulheres, o que em algum momento da vida vai arrancar nossa atenção e esconder todos os sentidos. 
Não importa, é sempre a mesma história. ELE é o caso comum a todas nós mulheres.


Depois que passa, a gente ri do tanto que caraminholamos a toa, enquanto podíamos ter agido e aproveitado de um jeito mais leve e indolor, toda a história. ( Mas confesso que não teria o mesmo gosto, pode até ser sadomasoquismo, mas as vezes enlouquecer por alguém, da um tom delícia na vida).


Música pra esse post- You oughta know - Alanis Morriset  (Impossível de não cantar!) 
http://www.youtube.com/watch?v=OSfGmMmWXyA

quarta-feira, 11 de maio de 2011

deixar ser o que a gente é

Já foi meio difícil pra mim romper com expectativas de outras pessoas em relação a eu mesma. Não que ainda não seja, mas é que eu mudo excessivamente, então talvez hoje não haja tantas expectativas, a surpresa é meio natural. Mas ainda assim é chato não ser tão boa e bela quanto alguns pensam que sou. Olha, faz sentido a gente ser o mesmo ser humano durante a vida toda? Na minha cabecinha inconstante obviamente não. 
Sério, a gente cria mascaras o tempo todo, pra any coisas e situações, e não é mais que normal se cansar de usa-las?

Uma amiga minha tava se descabelando um dia desses, dizendo que cansou de ser a pessoa que todos esperavam que ela fosse, já não cabia mais nela àquela pose, mas ela teme e teima que todos vão deixar de acha-la querida, por que mudou. Ta, tudo bem, as mudanças causam efeitos colaterais, e quando meio drásticas, geram os estresses da fofoca, mas foda-se! Quando o mundo for só aquarela e música clássica vai ser um saco. (Porra!Até a Sandy virou devassa.)

Eu que já me fiz de ruiva rock'n roll, loira joelma e morena maravilha, sei que errei pra caramba, e erro o tempo todo (sério é impressionante como eu erro) mas  posso dizer o quanto agradeço a todas essas fases que passaram e as que ainda vão passar por aqui. Não é que eu  não saiba quem sou, conheço minha essência mais que a palma da minha mão, só que ás vezes, cansa mostrar o mesmo sorriso todo santo dia. 

O negócio então é só deixar rolar, e ser o que você quer ser, e quando der a louca de ser. Ser quem a gente realmente é, tira um pesasso de cima da alma, e é bem mais simples do que ficar se forçando a caber em algum esteriótipo que criaram em cima de você. A neurose que ataca a mulherada pra virar capa de revista, é universal, tudo bem, só que se privar de sorrir espontaneamente pra viver algo que não faz parte do seu interesse, é bobagem.

É meio foda explicar pra gente mesma, que ser natural é só deixar fluir, quando ta sendo complicado. Mas sei lá, custa nada tentar. Juro que se eu soubesse de um passo a passo até dizia, mas a única dica que posso aconselhar é respirar bem fundo umas três vezes, ouvir áquela música impossível de não cantar, e se rebelar pro sistema! (Tá, sem se rebelar, mas deu pra entender né?) 

Mudo tanto quanto a moda, mas sempre trago a velha vintage me, no meu coraçãozinho de patchwork. 
:)
Viu só? Até dei um tempo de poemas e voltei a escrever crônicas.