Perder-se em labirintos internos, é a forma mais eficaz de ser luz para sempre
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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

sala de espera

Numa sala fria, coração na boca, olhos fechados. Te espero anunciar. A qualquer momento.

caixa postal

'' Esse telefone encontra-se indisponível para esse tipo de ligação nesse momento. ''

Há dois dias tento te ligar, e sua caixa postal diz o que você não tem coragem de assumir. 

Estava

Está na minha garganta,
está no meu coração.
Parece que vai rasgar a qualquer momento,
e sair de dentro toda a sombra que engoli.
Está no meu olhar,
está prestes a transbordar.

sábado, 16 de novembro de 2013

Mas já?


É meio esquisito escrever sobre você já no passado. Eu sei o que eu disse sobre gratidão e deixar ir, e é tudo sincero, juro.  Mas é que por mais cheio de vida que os momentos juntos foram, dentro tenho a sensação de quase. 
Lógico que da pra entender a sua cabeça, seus motivos, a sua razão. Só que eu não converso por aí. Eu falo pelo coração. 
E meu coração, seu coração, seu olhar, meu olhar, sua boca, minha boca, nossos corpos, nosso descanso, nosso espírito, nossa risada, tudo que é nosso, conversa perfeitamente. Juntos atingimos um equilíbrio tão feliz, que nada dentro de nós é capaz de negar. E Talvez seja exatamente isso. 
Juntos funcionamos, mas com a distância da semana, e a mentira do medo, mais a insegurança do futuro, a gente desequilibra, a gente se perde. 
E sentindo isso,  hoje penso o quanto é injusto deixar essa força cair sobre nós. Só você e eu  compreendemos a exatidão do destino nesse encontro, e como o não fazer sentido nenhum é o que mais faz sentido conosco. 
Sei lá porque é assim, eu sou meio maluca mesmo, e você completamente virado. Só que nessa de aprender, compreender, viver e estar, da certo.  Mas aí  a gente para e olha pra fora, vê o quão sem noção somos e como as chances são ridículas, e  pensamos: ''como é que isso deu certo? '' 
E todas as mil questões ilusórias ganham uma gravidade absurda, mesmo elas nem sendo reais. Aí  abandonamos o rumo,  deixando o nosso '' somos'' ser  um '' quase, fomos '' . 



Mas continuo a questionar, será que vale a pena nos render para as mentiras da mente,  que nos entregar para a verdade dos corações?