É tão estranho, tudo que éramos, agora parece um sonho. Longe e abandonado.
Tipo uma casa de temporada, que um dia, compartilhei o mais íntimo do meu ser. Conheci a partir dela, eu. Prometi futuro, entreguei passado, e mergulhei naquele presente apostando tudo.
Mas era só uma casa de verão, e fez todo, e até mais, do que o papel que uma simples casa de estação é capaz de fazer. E aqui, de pé a porta que mais uma vez admiro, sou uma pessoa completamente transformada, irreconhecível.
Olho para as paredes surradas, e não consigo lembrar do quadro, que tenho certeza, ali viveu. Nada nesse vazio me magnetiza, mas ainda assim, sorrio.
Deixo uma rosa amarela no chão, e vou embora.
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