Perder-se em labirintos internos, é a forma mais eficaz de ser luz para sempre
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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sentimentos completamente nus

Já estou na minha oitava unha completamente ruída, e ainda nem  um grama  mais de paciência, porém, sei que o que irei fazer é a melhor maneira para deixar meu coração e cabeça limpos, que é jogando todas as emoções em cima do papel. 

Durante 19 anos, ao menos nessa vida, cultivei dentro de mim duas Marianas quase opostas. Uma mais severa e ríspida, outra mais amiga e compreensiva. Elas quase se juntam em crises, mas vivem num jogo de aparições, dependendo do tamanho da ameaça ao ego que dividem. 

Quero mostrar aos poucos, para eu mesma, o quão errada tenho sido, o quão contraditória, e o quanto isso vem me atrasando espiritualmente.

Venho de uma guerra com meus sentimentos, andando em círculos,  culpando espelhos e fechando os olhos para não ver a verdade que me encara. Sinto pouco ao saber, que assim não sei mais como me enganar, e precisa ser diferente. 


Todas as vezes que falo alto, e desabo, me sinto quase poderosa pelo tamanho da tempestade que posso fazer, mas logo depois, me sinto destruída e com vergonha de mim. Ainda não sei ao certo meus motivos, se é que eles existem, mas mantenho um papel tão bem interpretado por mim, que acabo comprando minhas lágrimas e a pena que gostaria de receber. É um pouco estranho racionalizar tudo, e concluir que isso é bem idiota.

Outra coisa que vem ocupando minha mente e coração hoje, é o fato de eu estar com um pouco de vergonha do exagero que trago a questões bem mais simples do que imagino. Tenho um calo no ''item'' -coração apaixonado- que aliás, não sabe porra alguma, e vem me atormentando durante anos, séculos, sei lá quanto tempo. Meu Deus, pra que alimentar tanta bobagem num só orgão? Recado para meu coração, CALMA!  Sério, eu não fico nenhum pouco feliz com as merdas que a gente faz juntos. Agora vamos ver se a gente evita decepções e drama, por que do jeito que ta, não da.

Eu preciso entender de uma vez por todas que se fosse pra ser, iria acontecer, e ponto final. Se não aconteceu...Porra.. Não era pra ser. 
É meio difícil entender tudo no calor do momento, principalmente pra mim, já que virou um hábito fazer tempestade num pote de danoninho, 
mas talvez perceber o ato todo como nulo, seja um protótipo de um passo. E aceitar o convite de escrever essa tragetória também.


Um comentário:

  1. É interessante como se chega em um ponto no qual a gente começa a equilibrar as coisas por dentro, no qual a gente percebe que ta perdendo tempo sentindo e pensando em coisas terriveis...é quando raiva e calma, amor e odio vão se igualando. Conseguir chegar a uma verdadeira paz esperitual é foda, mas sei la, acho que é uma das coisas que chutão a gente pra frente.
    E o coração é um grandissimo filho da puta...mas ainda assim, se a gente nao der uma chance pra aquela dúvida se vai rolar ou não, a vida seria um saco...eee se arrepender de nao ter feito, não ter tentando, é a pior coisa que existe.

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